segunda-feira, 31 de maio de 2010

Shazam!


Com uma interessante história, Daniel Marvel foi da Música ao Cinema. Usando como referência gêneros de seu gosto, ou “cinema pipoca”, como diria, Marvel dirigiu filmes bem diferentes entre si.

Ao gravar o nascimento de seu primeiro filho, nasceu também a oportunidade de emprego. Daniel mostrou o vídeo finalizado à uma produtora, que gostou da edição e lhe deu a chance de trabalho. Daí em diante, aparece o roteiro de “Porcos não olham pro céu”, a proposta de direção, os prêmios e a idealização do projeto “Deu a louca no cinema brasileiro”. Desde então, vem atuando em vários meios audiovisuais.

Marvel mostra que, mesmo caindo de paraquedas no Cinema, é possível conquistar seu lugar ao sol.

O lado b da sessão




Nos anos 90, um grupo de jovens realizadores audiovisuais discutia sobre o cinema underground, a diferença do vídeo e da película e o que era fazer cinema em Porto Alegre.

O curioso é que mais de 10 anos se passaram e as interrogações - e os problemas - seguem os mesmos.

Spolidoro, no primeiro filme que dirigiu, “Velinhas”, dizia que tratava-se de um roteiro "superficialista fragmentado”, um retrato da sua geração, com assuntos efêmeros e sem nenhuma profundidade. Já estamos em 2010 e o tópico ainda é atual.

A grande diferença é que a geração super-8, além de ver, falar e fazer cinema, discutia cinema. Era uma geração de atitude. Uma geração que não se contentava com a pouca crítica cinematográfica existente, com o saber sem saber. Um grupo relativamente pequeno e jovem, mas que “unia a turma” e falava o que pensava, colocava as ideias num papel e as distribuia através de uma espécie de jornal. Como tudo que é independente, era bancado por eles mesmos, mas nada que os impedisse.

O grande trunfo da sessão Spolidoro Lado B não foi simplesmente mostrar o começo de um dos mais renomados diretores de Porto Alegre. Foi mostrar o quanto é importante a iniciativa de um aglomerado que faça mais do que só exibir filmes, e sim, criar um pensar cinematográfico.

domingo, 23 de maio de 2010

23/05

SPOLIDOROLADOB

exibe sua produção em todos os formatos (super8, vhs, dvd) com filmes do início da sua carreira e outros, como "Cinemeando no Garagem", "Volta,Gervásio!", "De volta ao quarto 666" e mais.

AS 18:30 NA CASA DE TEATRO
Garibaldi 853

Após, um debate com o próprio.

Essa sessão conta com o apoio da produtora Claquette.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Fotos

no Flickr http://www.flickr.com/photos/ciclodecinema/

domingo, 16 de maio de 2010

E o primeiro ciclo inicia...

foto: Bibiana M. Kasper



Eu sou aquele que está de saída
[Carlos Magno: novas políticas da imagem]
por Cezar Migliorin


Os vídeos de Carlos Magno são marcados por uma necessidade, por uma impossibilidade de não fazê-los. Esta necessidade começa nos vídeos feitos em VHS, com edição de vídeo para vídeo e parece se acentuar com o passar do tempo, apesar de seus trabalhos serem hoje elaborados tecnicamente e finamente acabados, com precisas escolhas de tipos, grafismos e cores. Em vários de seus filmes vemos a presença de seu filho - Bruno Ivas de Oliveira - e podemos acompanhar o crescimento de Bruno percebendo que é a própria relação que passa pela produção destas imagens – como em outra famílias a relação passa por uma bola de futebol. A necessidade destes trabalhos passa por esta relação.


Hoje 16 de maio iniciou-se o Ciclo de Cinema de Porto Alegre, com a ilustre presença do cineasta mineiro CarlosMagno Rodrigues. O bacana dessa sessão foi poder acompanhar o desenvolvimento da obra do cineasta que foi escolhida a dedo por ele de 2003 (o ínicio de sua carreira) até seu último filme 1976, e o inter-ligamento desses curtas em linguagem, símbolos e as próprias imagens recicladas e reutilizadas.
Para quem ainda não conhecia CarlosMagno foi uma chance de conhece-lo quase tão quão pessoalmente, mesmo que sua presença física não se pudesse estar presente, um vídeo caseiro na cozinha do cineasta apresentava cada filme que ia ser visto e junto com isso já conhecíamos sua família, sua casa, suas várias fases, sua estética e seu pensamento.


Carta de CarlosMagno Rodrigues:

“1994, Iniciei meus trabalhos como uma “câmera de tubo”, uma vhs a qual se parecia com uma U-Matic. Era dos Anos 70. A Câmera não continha todos os RGBs preservados, então conseguia gerar uma imagem esverdeada, muito parecida com videotapes dos anos 70.
Trabalhava com povos indígenas e consegui comprar uma câmera PANASONIC. Depois comprei outra câmera com audiodub e insert. Com este equipamento fiz meus primeiros vídeos, entre 1994 e 1999, uma série chamada “VÍDEOS DE ESCUTAR”, pois não possuía um gerador de caracteres e então usava rótulos de vinil como suporte para fichas técnicas . Era uma época na qual registrava minha família e sobretudo meu filho. Em vieram os vídeos da série “EXPERIMENTOS NÃO-LINEARES”, criados em 320x240 pixels. Tinham este formato para conseguir sincronia de áudio-vídeo. Em 2000 adquiri uma placa de captura miro-C130 e mais HDs, então finalizei a série com “América Ctrl+S”, com Dellani Lima.
Em 2000, meus VHSs e minha AG-456 estavam muito danificados, foi uma época em que criei um banco de imagens em vhs e S-VHS que tenho até hoje. Fiz um vídeo chamado “GALÁXIA PERDIDA” uma espécie de protótipo de “IMPRESCINDÍVEIS”. Bruno, meu filho, colocou uma cueca na cabeça e eu lembrei de THX de George Lucas.
Em 2001 criei técnicas de animação “targa-stalker”, foi meu “divisor de águas”, estava cansado de computadores e então com uma câmera SONY D8 DRC-130 fui criando um novo banco de imagens.
Em 2003 inaugurei minhas série “EX-MACHINES”, vídeos criando com a D8 e um Pentium IV com firewire. Daí em diante passei a ter menos frustrações pois dominava todo o processo digitalmente, mas não queria gráficos nem novidades tecnológicas, estava fascinado com a possibilidade de finalizar sons melhores e fazer texturas, escolher cores. Gradualmente fui simplificando os gráficos até chegar a utilização de signos, por ter um computador melhor passei a me preocupar mais com a montagem, com o tempo de seqüências de poucos frames, ou seja, sínteses e naturalismo. Entre 2003 e 2006 fiz vários vídeos nos quais o sujeito foi meu filho,o que trasncorre até hoje. Mas agora em mini-dv e também, tudo muito mudou, pois quando recebi dinheiro para fazer um filme em 35mm estava com mais autonomia econômica.
Então fiz a série interligada à IGRREV, concluída com Sebastião”
(CARLOSMAGNO RODRIGUES)


CARLOSMAGNO BLOG: http://videoartedoriangreen.blogspot.com/

sexta-feira, 14 de maio de 2010