segunda-feira, 5 de julho de 2010

"AVÓS" NO SEGUNDO CICLO DE CINEMA





"Humor é quando apesar de tudo, você ri.

E voltamos com mais Super-8!
O premiado curta-metragem "Avós" de Michael Wahrmann está presente na abertura do Ciclo de Cinema na mostra MY GENERATION no dia 18/07/2010. O filme conta com a estréia do jovem ator Sidney Szaja Barmak, que ganhou o prêmio de melhor ator no Curta 8, Gessy Fonseca, Lucélia Machiavelli e o riograndino Oswaldo Ávila.

Sobre o filme...

“Seu filme é uma refrescante e surprendente observação sobre o holocausto, comprometida ao cinema…”
(BERLINALE Journal 2010)

“Humor judaico de primeira categoria. Até que enfim um cineasta da escola de Woody Allen no cinema brasileiro.”
(André Gatti, pesquisador e historiador de cinema brasileiro)




Sinopse:
Leo comemora seu décimo aniversário. De uma avó, ele ganha meias; da outra, cuecas. Do avô, Leo recebe uma velha câmera Super-8, através da qual relata a tentativa de trocar os presentes com as avós.
Nesse meio tempo, descobre que Mônica Lewinsky é judia, que Clinton é o presidente da América, que os números nos braços dos avós são os responsáveis por ele ser gordinho e que a tal câmera velha não serve para mais nada.

- O filme é narrado através das imagens captadas diretamente pela câmera Super 8 de Leo e seu avô nos anos 90.

- Avós foi rodado em Super-8, durante cinco dias, em quatro locações diferentes, como projeto de conclusão do curso de cinema da FAAP. Teve orçamento de aproximadamente 6 mil reais, apenas para a produção, já que a maior parte de equipe trabalhou de maneira voluntária. A finalização em HD foi realizada nos EUA e somou mais 6 mil reais ao valor final, que foram captados após a seleção para o Festival de Berlim.

- O único ator de origem judaica é o jovem Sidney Szaja Barmak, escolhido entre os alunos do Colégio Hebraico Brasileiro Renascença, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Todos os figurantes também pertencem à mesma escola.

- Antes das filmagens, o roteiro de Avós teve uma leitura dramática realizada pelo grupo de teatro “Idade de Ouro”, composta por sócios do clube judaico Hebraica, em São Paulo. As senhoras do grupo ficaram muito ofendidas com a história: “Nós não somos como está no roteiro”, reclamaram.

- O curta não foi escrito como uma comédia, apesar do humor sutil. No entanto, em todas as exibições no Brasil, o público ri muito. O diretor está muito curioso com a reação do público alemão durante o Festival de Berlim. Será que eles também vão rir?

- Avós foi baseado na infância do diretor, que morava em Israel e visitava anualmente os avós no Uruguai. A mãe de Michael, que costuma gostar dos trabalhos do filho, não gostou do retrato realizado pelo mesmo. “Minha mãe não era assim não”, criticou.

- A avó paterna do diretor morreu em 2007, aos 98 anos. Quando jovem, ela estudou letras na Universidade de Berlim, mas teve que deixar o país, em 1937, em razão do Regime Nazista. Ela nunca voltou a morar na Alemanha, mesmo tendo saudades. “Não se volta ao lugar de onde se foi expulso”, ela explicava. Para Michael, a estréia do filme no Festival de Berlim tem grande importância simbólica: “É um círculo que se fecha, é como se minhas avós voltassem a Berlim”, comenta. Os avós maternos, nascidos na Hungria, não conseguiram fugir antes da guerra. Eles são sobreviventes dos campos de concentração.



Avós - Ficção, Cor, HD, 11min, 2009, SP

Roteiro e Direção : Michael Wahrmann

Produção Executiva e Dir. de Produção : Tali Capozzi

Direção de Fotografia : Rodrigo Pastoriza

Direção de Arte : Adriana Michalski

Montagem : Luara Oliveira

Direção de Som : Paulo Molinas

Assistência de Direção : Anita Tagliavini

Preparação de Atores : Luiz René Guerra & Tabatha Makowski

Trilha Sonora: “Eretz Tropit Yaffa”, Matti Caspi, NMC 1987

Produtores :Michael Wahrmann & Juliana Vicente

Produção e distribuição: Sancho FIlmes e Preta Porte Filmes

Apoio: FAAP e CinemaLink

http://www.youtube.com/watch?v=2ae4HvagEas

terça-feira, 15 de junho de 2010


As fotos do último CICLO já estão disponíveis no FLICKR:
http://www.flickr.com/photos/ciclodecinema/


Em breve, notícias sobre as próximas atrações. AGUARDEM!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fim do primeiro Ciclo


A última sessão do primeiro mês do Ciclo de Cinema ocorreu ontem, com sucesso de público. A nova geração mostrou que uma nova linguagem é possível, sem perder a preocupação estética e narrativa, e que o cinema gaúcho não é só um "contador de histórias quadradas".

O grande diferencial dessa sessão foi apresentar roteiros ricos, mesmo que com poucas falas, o não-lugar como lugar, a falta de comunicação entre as pessoas e o uso de tons frios e desaturados.

Talvez seja muito cedo para dizer que está surgindo um novo movimento gaúcho, mas essa mostra já quebra com os paradigmas que se tem dos filmes do Rio Grande do Sul e diz que veio para ficar.

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Obrigada a todos que participaram do primeiro Ciclo. Acreditamos que esse espaço só tende a crescer e que criará um conhecimento maior das obras audiovisuais que acontecem por aí.


O próximo Ciclo acontecerá no mês de julho, mas vamos informando sobre a programação com antecedência aqui pelo blog.


E para finalizar, como diria Carlosmagno Rodrigues: "Viva as belas imagens!"

terça-feira, 1 de junho de 2010

New Generation

Na última sessão do primeiro mês do Ciclo de Cinema, trazemos:

"Sebo" de Alexandre Kumpinski e Lucas Cassales
"Quarto de espera" de Bruno Carboni e Davi Pretto
"Bengalas" de Paula Martins

Após, uma conversa com os realizadores.




(still do curta-metragem "Sebo")


(still do curta-metragem "Quarto de espera")



(still do curta-metragem "Bengalas")



Still "Sebo"
www.flickr.com/photos/sebofilme

Teaser "Quarto de espera"
http://vimeo.com/6644744

Teaser "Bengalas"
http://www.youtube.com/watch?v=g_mcapkKg3U

Site "Bengalas"
http://bengalasfilm.blogspot.com/

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Shazam!


Com uma interessante história, Daniel Marvel foi da Música ao Cinema. Usando como referência gêneros de seu gosto, ou “cinema pipoca”, como diria, Marvel dirigiu filmes bem diferentes entre si.

Ao gravar o nascimento de seu primeiro filho, nasceu também a oportunidade de emprego. Daniel mostrou o vídeo finalizado à uma produtora, que gostou da edição e lhe deu a chance de trabalho. Daí em diante, aparece o roteiro de “Porcos não olham pro céu”, a proposta de direção, os prêmios e a idealização do projeto “Deu a louca no cinema brasileiro”. Desde então, vem atuando em vários meios audiovisuais.

Marvel mostra que, mesmo caindo de paraquedas no Cinema, é possível conquistar seu lugar ao sol.

O lado b da sessão




Nos anos 90, um grupo de jovens realizadores audiovisuais discutia sobre o cinema underground, a diferença do vídeo e da película e o que era fazer cinema em Porto Alegre.

O curioso é que mais de 10 anos se passaram e as interrogações - e os problemas - seguem os mesmos.

Spolidoro, no primeiro filme que dirigiu, “Velinhas”, dizia que tratava-se de um roteiro "superficialista fragmentado”, um retrato da sua geração, com assuntos efêmeros e sem nenhuma profundidade. Já estamos em 2010 e o tópico ainda é atual.

A grande diferença é que a geração super-8, além de ver, falar e fazer cinema, discutia cinema. Era uma geração de atitude. Uma geração que não se contentava com a pouca crítica cinematográfica existente, com o saber sem saber. Um grupo relativamente pequeno e jovem, mas que “unia a turma” e falava o que pensava, colocava as ideias num papel e as distribuia através de uma espécie de jornal. Como tudo que é independente, era bancado por eles mesmos, mas nada que os impedisse.

O grande trunfo da sessão Spolidoro Lado B não foi simplesmente mostrar o começo de um dos mais renomados diretores de Porto Alegre. Foi mostrar o quanto é importante a iniciativa de um aglomerado que faça mais do que só exibir filmes, e sim, criar um pensar cinematográfico.

domingo, 23 de maio de 2010

23/05

SPOLIDOROLADOB

exibe sua produção em todos os formatos (super8, vhs, dvd) com filmes do início da sua carreira e outros, como "Cinemeando no Garagem", "Volta,Gervásio!", "De volta ao quarto 666" e mais.

AS 18:30 NA CASA DE TEATRO
Garibaldi 853

Após, um debate com o próprio.

Essa sessão conta com o apoio da produtora Claquette.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Fotos

no Flickr http://www.flickr.com/photos/ciclodecinema/

domingo, 16 de maio de 2010

E o primeiro ciclo inicia...

foto: Bibiana M. Kasper



Eu sou aquele que está de saída
[Carlos Magno: novas políticas da imagem]
por Cezar Migliorin


Os vídeos de Carlos Magno são marcados por uma necessidade, por uma impossibilidade de não fazê-los. Esta necessidade começa nos vídeos feitos em VHS, com edição de vídeo para vídeo e parece se acentuar com o passar do tempo, apesar de seus trabalhos serem hoje elaborados tecnicamente e finamente acabados, com precisas escolhas de tipos, grafismos e cores. Em vários de seus filmes vemos a presença de seu filho - Bruno Ivas de Oliveira - e podemos acompanhar o crescimento de Bruno percebendo que é a própria relação que passa pela produção destas imagens – como em outra famílias a relação passa por uma bola de futebol. A necessidade destes trabalhos passa por esta relação.


Hoje 16 de maio iniciou-se o Ciclo de Cinema de Porto Alegre, com a ilustre presença do cineasta mineiro CarlosMagno Rodrigues. O bacana dessa sessão foi poder acompanhar o desenvolvimento da obra do cineasta que foi escolhida a dedo por ele de 2003 (o ínicio de sua carreira) até seu último filme 1976, e o inter-ligamento desses curtas em linguagem, símbolos e as próprias imagens recicladas e reutilizadas.
Para quem ainda não conhecia CarlosMagno foi uma chance de conhece-lo quase tão quão pessoalmente, mesmo que sua presença física não se pudesse estar presente, um vídeo caseiro na cozinha do cineasta apresentava cada filme que ia ser visto e junto com isso já conhecíamos sua família, sua casa, suas várias fases, sua estética e seu pensamento.


Carta de CarlosMagno Rodrigues:

“1994, Iniciei meus trabalhos como uma “câmera de tubo”, uma vhs a qual se parecia com uma U-Matic. Era dos Anos 70. A Câmera não continha todos os RGBs preservados, então conseguia gerar uma imagem esverdeada, muito parecida com videotapes dos anos 70.
Trabalhava com povos indígenas e consegui comprar uma câmera PANASONIC. Depois comprei outra câmera com audiodub e insert. Com este equipamento fiz meus primeiros vídeos, entre 1994 e 1999, uma série chamada “VÍDEOS DE ESCUTAR”, pois não possuía um gerador de caracteres e então usava rótulos de vinil como suporte para fichas técnicas . Era uma época na qual registrava minha família e sobretudo meu filho. Em vieram os vídeos da série “EXPERIMENTOS NÃO-LINEARES”, criados em 320x240 pixels. Tinham este formato para conseguir sincronia de áudio-vídeo. Em 2000 adquiri uma placa de captura miro-C130 e mais HDs, então finalizei a série com “América Ctrl+S”, com Dellani Lima.
Em 2000, meus VHSs e minha AG-456 estavam muito danificados, foi uma época em que criei um banco de imagens em vhs e S-VHS que tenho até hoje. Fiz um vídeo chamado “GALÁXIA PERDIDA” uma espécie de protótipo de “IMPRESCINDÍVEIS”. Bruno, meu filho, colocou uma cueca na cabeça e eu lembrei de THX de George Lucas.
Em 2001 criei técnicas de animação “targa-stalker”, foi meu “divisor de águas”, estava cansado de computadores e então com uma câmera SONY D8 DRC-130 fui criando um novo banco de imagens.
Em 2003 inaugurei minhas série “EX-MACHINES”, vídeos criando com a D8 e um Pentium IV com firewire. Daí em diante passei a ter menos frustrações pois dominava todo o processo digitalmente, mas não queria gráficos nem novidades tecnológicas, estava fascinado com a possibilidade de finalizar sons melhores e fazer texturas, escolher cores. Gradualmente fui simplificando os gráficos até chegar a utilização de signos, por ter um computador melhor passei a me preocupar mais com a montagem, com o tempo de seqüências de poucos frames, ou seja, sínteses e naturalismo. Entre 2003 e 2006 fiz vários vídeos nos quais o sujeito foi meu filho,o que trasncorre até hoje. Mas agora em mini-dv e também, tudo muito mudou, pois quando recebi dinheiro para fazer um filme em 35mm estava com mais autonomia econômica.
Então fiz a série interligada à IGRREV, concluída com Sebastião”
(CARLOSMAGNO RODRIGUES)


CARLOSMAGNO BLOG: http://videoartedoriangreen.blogspot.com/

sexta-feira, 14 de maio de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

SOBRE O CICLO...




“Eu sou grande. Os filmes é que ficaram pequenos“.
Crepúsculo dos deuses


O Ciclo de Cinema de Porto Alegre exibe a produção independente de curtas-metragens nacionais, apresentando novos cineastas e vertentes estéticas diferenciadas.

O Ciclo pretende fazer um apanhado do audiovisual e criar um diálogo entre realizador-público. A cada mês teremos um tema variado, sendo esse discutido ao longo das semanas.

Para o primeiro mês, teremos um paralelo entre produções de diferentes estados e estilos, trazendo em pauta a discussão: como se faz cinema hoje no Brasil. Contaremos com a presença dos realizadores, falando sobre suas jornadas e pensamentos sobre o futuro do audiovisual, num debate realizado após a sessão.

A abertura conta com o apoio do mineiro Carlos Magno Rodrigues, grande nome da videoarte brasileira, trazendo filmes como “Andrômeda a menina que fumava sabão”, “Antônio D” e “Analogia do Verme”. Na segunda semana, o cineasta local Gustavo Spolidoro apresenta sua produção “lado b”, falando sobre o início de sua carreira e o contexto no Rio Grande do Sul.
Na terceira semana, Daniel Marvel, diretor do premiado “Porcos não olham para o céu” e “O que você faria com um milhão de reais”, filme rodado no sertão da Paraíba, nos conta sobre sua trajetória. Na última semana apresentamos os jovens realizadores da cidade de Porto Alegre, com os filmes “Sebo” de Lucas Cassales e Alexandre Kumpinski, “Quarto de Espera” de Davi Pretto e Bruno Carboni e “Bengalas” de Paula Martins.

A iniciativa é de Bibiana M. Kasper e Paula Martins, em parceria com a Casa de Teatro de Porto Alegre.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

E O PRIMEIRO CICLO INICIA

A primeira sessão do ciclo de cinema ocorre no dia 16/05 (domingo) trazendo a programação: CARLOSMAGNO.

O cineasta mineiro tem uma vasta carreira de curtas experimentais e é um grande nome da video arte no país.
Para os interessados segue aqui o blog do realizador com maiores informações sobre o seu trabalho.

Serão exibidos os seguintes curta-metragens:



"IMPRESCINDÍVEIS"
FORMATO MINI-DV ANO 2003 DURAÇÃO 5min22.
Tentando criar uma ficção, um pai manipula seu filho, este reage e subverte a situação com ironia e perspicácia.

"ANTONIOD"
FORMATO MINI-DV ANO 2005 DURAÇÃO 5min25.
O filho do autor interpreta um garoto astronauta versado em seres extraterrestres e amigo de um lagarto imaginário. Embora povoada de fantasias infantis, a fala do menino incorpora conceitos filosóficos do mundo adulto.

“IGRREV-Igreja Revolucionária dos Corações Amargurados”
FORMATO 35mm ANO 2007 DURAÇÃO 15min20.

”Sebastião, o homem que bebia querosene”
FORMATO MINI-DV ANO 2007 DURAÇÃO 10min.
Filme sobre vida e morte, justaposição de textos niilistas e imagens iconoclásticas.

“ANALOGIA DO VERME”
FORMATO MINI-DV ANO 2008 DURAÇÃO17min40.
Filme documental sobre experimentos patéticos do personagem-autor CarlosMagno Rodrigues que tenta atravessar seus braços com facas, entre outras ações filma amigos com a intenção de criar uma realidade fílmica compreensível.

“DORIANGREEN”
FORMATO MINI-DV ANO 2008 DURAÇÃO 17min.
Filme sobre experimentos dramáticos que chocam com o naturalismo cotidiano, cenas caseiras, exercícios dramáticos e leitura de textos pessoais compõem uma realidade fílmica autobiográficas.

“ALEXANDRE ILLICH”
FORMATO MINI-DV ANO 2008 DURAÇÃO 12min.
Filme introduzido com discursos delirantes, carregado de ceticismo, que apresentando assim, a vida a um recém nascido “Alexandre Illich” filho de um neurótico em tratamento clínico, o próprio autor.

"ANDRÔMEDA - a menina que fumava sabão” - Brasil/Argentina.
FORMATO 35mm ANO 2009 DURAÇÃO 15min
Andrômeda é uma criação iconográfica que mescla facismo e cristianismo.

“1976”
FORMATO HDV ANO2009 DURAÇÃO3min
Três seres viventes são mantidos no fundo de uma piscina. Filme de imersão física e emocional, onde não há metafísica, não há sentimentos de espiritualidade, ou qualquer de misticismo apenas o torpor da condição de estar vivo e relutar.